Independência e Sorte!



Em meio às comemorações do 7 de setembro, o dia em que nos tornamos independentes de quem nos descobriu, gostaria de agradecer aos portugueses por eles nos encontrarem.

Já pensou se fossem os russos?

Se até hoje tenho dúvidas sobre o uso da crase, das concordâncias verbo-nominais, como aprenderia russo, uma língua eslava que possui entre seus fonemas articulações secundárias palatais?

Já pensou largar Arraial do Cabo, Búzios e Cabo Frio para invadir a Ucrânia?

E cá entre nós, bem menos complicado ler Camões que Dostoiévski, Fernando Pessoa do que Leon Tolstoi.

Guerra e Paz, em dois volumes, está ali enfeitando a estante na sala, para impressionar as visitas. Dizer que aqui mora um intelectual...que não passou do primeiro capítulo.

Poucas vezes li algo que exaltasse nossos descobridores, especialmente no período em que nos livramos deles. Muito pelo contrário, crescemos ouvindo piadinhas sobre os portugueses. E quem levou o Prêmio Nobel de Literatura, José Saramago ou Paulo Coelho ?

Sendo assim, apesar das comemorações da nossa independência, quero continuar dependente dos vinhos tinto Periquita e Mateus Rose, do bacalhau português, envolvido pela nobre paixão dos amigos que cultuam o Sporting, de Lisboa, além de reconhecer os méritos da contribuição dos seus treinadores ao nosso futebol.

Além de Jorge Jesus ter conduzido uma nação a reconquistar a Libertadores da América, o atual líder do dificílimo Campeonato Brasileiro, o Palmeiras, é treinado por um português.

Seremos sempre cúmplices, parceiros, nações unidas, não dependentes, que vivem em paz, harmonia e respeitam suas soberanias.

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