A Igreja é missão

Iniciamos no próximo final de semana o Mês Missionário sob o lema: “Sereis minhas testemunhas” (At 1,8).

Trata-se do momento alto do triênio da Campanha Missionária sob o tema “A Igreja é missão”. Este tema e lema concluem o caminho de três anos onde destacamos a natureza missionária da Igreja que não se reduz a uma dimensão ou em atividades.

A mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial das Missões se detém em três expressões-chave que resumem os três fundamentos da vida missionária dos discípulos: “Sereis minhas testemunhas”; “até os confins do mundo”; e “recebereis a força do Espírito Santo”.

Iniciando sua reflexão sobre estes três pontos, “Sereis minhas testemunhas” – A chamada de todos os cristãos a testemunhar Cristo, o Pontífice afirma:

“É o ponto central, o coração do ensinamento de Jesus aos discípulos em ordem à sua missão no mundo. Todos os discípulos serão testemunhas de Jesus, graças ao Espírito Santo que vão receber: será a graça a constituí-los como tais, por todo o lado aonde forem, onde quer que estejam”.

“Em segundo lugar – continua Francisco - é pedido aos discípulos para construírem a sua vida pessoal em chave de missão: são enviados por Jesus ao mundo não só para fazer a missão, mas também e sobretudo para viver a missão que lhes foi confiada; não só para dar testemunho, mas também e sobretudo para ser testemunhas de Cristo”.

No segundo ponto “Até aos confins do mundo” – A atualidade perene duma missão de evangelização universal, Francisco explica, "ao exortar os discípulos a serem as suas testemunhas, o Senhor ressuscitado anuncia aonde são enviados.

Aqui emerge muito claramente o caráter universal da missão dos discípulos. Coloca-se em destaque o movimento geográfico ‘centrífugo’, quase em círculos concêntricos, desde Jerusalém – considerada pela tradição judaica como centro do mundo – à Judeia e Samaria, e até aos extremos ‘confins do mundo’. Não são enviados para fazer proselitismo, mas para anunciar; o cristão não faz proselitismo”.

Por fim o Papa reflete sobre o ponto três, “Recebereis a força do Espírito Santo” – Deixar-se sempre fortalecer e guiar pelo Espírito.

"Ao anunciar aos discípulos a missão de serem suas testemunhas, Cristo ressuscitado prometeu também a graça para uma tão grande responsabilidade: «Recebereis a força do Espírito Santo e sereis minhas testemunhas» (At 1, 8). Com efeito, segundo a narração dos Atos, foi precisamente a seguir à descida do Espírito Santo sobre os discípulos de Jesus que teve lugar a primeira ação de testemunhar Cristo, morto e ressuscitado, com um anúncio querigmático: o chamado discurso missionário de São Pedro aos habitantes de Jerusalém. Assim começa a era da evangelização do mundo por parte dos discípulos de Jesus, que antes apareciam fracos, medrosos, fechados. O Espírito Santo fortaleceu-os, deu-lhes coragem e sabedoria para testemunhar Cristo diante de todos".

Por tudo isso, podemos dizer que o objetivo do Mês Missionário é criar comunhão, rezar, refletir e incentivar para o compromisso, tendo presente os diversos aspectos da Missão. A missão é de Deus pela qual somos chamados a colaborar. Não podemos fugir dessa responsabilidade...

Assim, “todas as Igrejas particulares, todas as Instituições e Associações eclesiais e cada cristão membro da Igreja têm o dever de colaborar para que a mensagem do Senhor se difunda e chegue até os últimos confins da terra” (CMi 1).

Daí, o Papa Francisco concluir sua mensagem para esse mês missionário:  “Queridos irmãos e irmãs, continuo a sonhar com uma Igreja toda missionária e uma nova estação da ação missionária das comunidades cristãs. E repito o desejo de Moisés para o povo de Deus em caminho: 'Quem dera que todo o povo do Senhor profetizasse' (Nm 11, 29)".

Enfim recordamos que as ofertas feitas todos os anos no Dia Mundial das Missões tornam possível a cooperação missionária de cada cristão e da Igreja local na missão universal, ad gentes.

Para ser verdadeira essa cooperação missionária deve alargar os horizontes da caridade a todos os povos da terra, pois o mandamento do amor cristão não será completo se não incluir os que estão longe como irmãos e irmãs mais queridos.

Medoro, irmão menor-padre pecador

Os textos dos colunistas não refletem, necessariamente, a opinião do Entre-Rios Jornal

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