Furto no patrimônio lá e cá

Rotunda e Guindaste a vapor pertencentes ao município de Três Rios estavam sob a guarda da Empresa T´Trans S.A.



Ladrões entraram na madrugada de segunda, 2 de agosto, no Museu do Trem, no bairro do Engenho de Dentro, no Rio de Janeiro, e furtaram 16 sinos de bronze, entre eles uma peça da época do Império, da Estrada de Ferro D. Pedro II, que tinha um peso de cerca de 200 quilos.

Como o Museu do Trem é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - Iphan desde 2011, a competência sobre o caso é da Polícia Federal, que foi ao museu e iniciou uma investigação.

A polícia quer saber como os ladrões levaram peças pesadas de forma tão sorrateira. Seria necessária uma caminhonete ou um caminhão para carregá-las, ou então diversos homens.

O museu, que tem mais de 1000 itens do acervo ferroviário, vive uma situação de descaso, estando atualmente sem diretoria, e é frequentemente usado como depósito da Superintendência Regional do Iphan no Rio.

Lá está a primeira locomotiva brasileira, a Baronesa, construída na Inglaterra, movida a vapor e a primeira a trafegar na estrada de ferro de Petrópolis, em 1854.


O guindaste

Em abril deste ano, no dia 02 a colunista perguntava ao leitor se conhecia esse guindaste da foto, ele foi furtado.

Patrimônio cultural material do município junto com outros equipamentos estava na Empresa T´Trans S.A, no bairro Cantagalo, que ficou responsável pela guarda dos bens tombados pelo município, onde inclusive tem a rotunda, que os trens usavam para manobra.

Compõe esse acervo várias peças: locomotiva Baldwin, o guindaste da foto e vagões, que com o fim da ferrovia ficaram no município de Três Rios, mais tarde foram cedidos pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes - Dnit, órgão que ficou responsável pela administração desse material rodante, não operacional da Rede.

Todos tombados por decreto municipal em1997 e guardados na sede da empresa T´Trans,cabendo ao município cuidar deles como patrimônio cultural. 

Em abril a Secretaria de Cultura informou ao Dnit que o guindaste desapareceu da sede da Empresa. O furto foi comunicado aos órgãos competentes do município e federal.

Desde então aguardamos notícias sobre o desaparecimento desse bem. Possivelmente, como o furto no Museu do Trem, os criminosos tiveram que providenciar um caminhão para retirar esse guindaste, e que certamente a polícia vai esclarecer.

Esperamos que as investigações sejam bem sucedidas, o guindaste possa ser achado e que os demais itens sejam restaurados e possam ter destino que merecem.

Eles fazem parte da história da ferrovia em nosso município e da história da ferrovia brasileira, operantes na Estrada de Ferro D. Pedro II (1872/1989) depois Central do Brasil (1989/1975).

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