De acordo com o Gênesis, o primeiro livro da Bíblia, a Torre de Babel, construída por Noé após o dilúvio, teria sido erguida para que os homens se comunicassem com Deus.
E Ele criou a humanidade para ser alcançado em orações. E fez com que se desentendessem, falassem línguas distintas e quando pediam terra, subiam água. E aí...Não satisfeitos com as lições da história, os responsáveis pela construção do Engenhão tentaram alcançar, ao mesmo tempo, os Deuses do Futebol e do Atletismo. E desagradaram aos dois.
Aos do futebol, por cortar a energia transmitida pelos torcedores das longínquas arquibancadas. Jogos por lá são quase como os emudecidos realizados durante a pandemia.
Se a Geral já faz falta, imaginem aquela pista ocupada apenas por dois cidadãos estressados berrando com seus fiéis operários para não perderem o emprego.
E desagradaram aos Deuses do Atletismo porque a modalidade, tocada no país com a mesma coragem dos que lutam pela natação e os saltos ornamentais, jamais alcançará aquele público.
Agora, após um gasto milionário para trocar a pista, e ela se tornar a mais moderna do país, querem retirá-la. Ordem dos novos Deuses capitalistas que desembarcaram por aqui. E, igualmente, falando línguas distintas.
O treinador, português, queria o Cano, os torcedores, brasileiros, o Cavani, e o Textor, que não entendeu nada, renovou com o Chay. Só entendeu que começaria com C.
Desse jeito, no novo capítulo do Gênesis, que será publicado na revista Placar, não só a Torre deixará de subir, como o Botafogo estará ameaçado de cair.
Novos Deuses, velhos erros.
Obrigado, Jô Soares!
Você já pensou quantas pessoas passaram por sua vida e apenas lhe fizeram sorrir?
Descanse em paz.
Por José Roberto Padilha
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