Um palco à altura do seu espetáculo




Desde que dei meus primeiros passes no futebol de salão, com uma bola pequena e pesada, sabia da vocação de minha cidade pela modalidade.

Cresci ouvindo pelas quadras que havia uma dupla próxima a se tornar uma lenda: Ronaldo Buldogue e Pedrinho Esquelético.

Depois vieram Caolho e Edinho, Brasa e Estevinho, Juquinha e Ananias, Bráulio e Glauco, Rodrigo Clefs e João Vitor, entre tantos a reafirmar a nossa qualidade.

E no CAER, um símbolo de resistência ao Futsal, teve uma comissão técnica, comandada pelos professores Gê, Cid Clay e Calixto, que marcou época.

E formou, e ainda forma, várias gerações de craques, hoje, espalhados pelo país, como Roniele e Ernani, campeões brasileiros pelo Cascavel. Roniele foi o artilheiro da competição.

Como se não bastasse, na Secretaria de Esporte, uma dupla de apaixonados, Cássio Jorge e Queixinho, professores concursados, independente da vontade dos gestores da vez, davam um jeito de colocar um time na Copa Rio Sul.

Desde a primeira edição, nunca ficamos de fora, e mesmo com um só título, sempre lideramos o ranking da emissora pelo conjunto da obra. Pela soma dos resultados.

E isto tudo sem um Ginásio Poliesportivo. Um palco digno à altura de uma modalidade esportiva que vive a dar orgulho e visibilidade à nossa cidade.

Onde jogam, o Complexo Esportivo Social Olímpico, de nome pomposo e instalações modestas, ainda se torna barracão de uma escola de samba.

Quando os desfiles acabam, começa a luta centenária, desigual, inglória, do Queixinho e sua vassoura tentando varrer os paetês, as miçangas, as purpurinas que encobrem o brilho de uma quadra.

Sei que vários prefeitos tentaram erguê-lo. E outros Secretários de Esporte, como eu, se esforçaram por sua construção. Em vão.

E é respaldado por essa fantástica campanha invicta, que garantiu nossa presença nas finais da Copa Rio Sul, contra Rio Claro, que nos juntamos a torcida para que nosso Prefeito, o Joa, possa, finalmente, realizar esse sonho. E fazer justiça.

Mais que um obra, um Totem, um Obelisco, um Monumento, seja lá a reverência a ser erguida e concedida em nome de uma arte que leva o jeito, o dom, a vocação do que o povo trirriense sabe fazer de melhor

Por José Roberto Padilha
Fotos: Reprodução

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