“Por que será que as mãos em prece não se quebraram?”



Dentre as lembranças que eu trouxe do Santuário de Aparecida está o livro do Arcebispo Dom Orlando Brandes: “Aparecida e sua mensagem”.

Este livro, da Editora Santuário, contém documentos importantes da Igreja. Orações, reflexões, estudos, questionamentos e tudo que se refere à história do evento Aparecida.

A pequenina imagem da Mãe Aparecida apareceu nas redes de três humildes pescadores, em dois pedaços, nas águas do rio Paraíba do Sul, em São Paulo. Esse acontecimento tem mais de 300 anos.

Na primeira parte do livro, Dom Orlando, em quinze capítulos, nos fala sobre Nossa Senhora; sobre as águas; os pescadores, a imagem quebrada, de barro e na cor preta; sobre as mãos postas da Virgem, em prece, intactas; o singelo sorriso da Senhora; sobre a lua embaixo de seus pés; os anjos, o belo manto; das flores, da coroa e das lições dos primeiros milagres.

Na segunda parte, Dom Orlando nos apresenta a geografia da região, as montanhas, os vales, o encruzamento de estradas, as construções de Aparecida, o próprio Santuário e a passarela.

Tudo isso tem um significado especial e muito bem pensado pela própria Senhora Aparecida, nos menores detalhes.

Nas terras abençoadas de Aparecida, Deus comprova que ama o Brasil. Segundo o Papa Francisco, “em Aparecida, Deus deu a cada brasileiro sua própria Mãe!” Também o Papa São João Paulo II, em 1980, afirmou: “Em Aparecida pulsa o coração católico do Brasil”.

“Aparecida e sua mensagem” é um livro escrito para todo o povo, mas de um modo muito especial, para os milhões de devotos e peregrinos da Mãe Aparecida. Adverte-nos Dom Orlando que o livro não é um livro de teologia, mas sim de espiritualidade.

Na terceira parte, Dom Orlando se ocupa de um importante evento que aconteceu em Aparecida de 13 a 31 de maio de 2007: “Aparecida e a V Conferência do CELAM (Conferência do Episcopado Latino- Americano e Caribenho). E mais: “A Mística da V Conferência” e “Aparecida: chave de leitura para a missão da Igreja”.

O Papa Bento XVI fez a abertura oficial. Ele mesmo escolheu Aparecida como lugar da Conferência. Papa Francisco – à época Cardeal Jorge Bergoglio – foi o presidente da Comissão de Redação do Documento.

E foi inspirado neste Documento de Aparecida que ele escreveu sua Exortação Apostólica “EvangeliiGaudium” (A alegria do Evangelho).


Sua Santidade tem, por gentileza, o costume de entregar em mãos, aos Chefes de Estado que o visitam, esse tão iluminado Documento.

Na contracapa do livro, Dom Orlando já nos diz: “Na história da devoção à Virgem de Aparecida não há visões nem palavras de Nossa Senhora.

Mas há uma mensagem bem clara, que brota da própria imagem e do contexto histórico em que Ela apareceu no rio Paraíba.

Este livro foi escrito, antes de tudo, para o povo, em geral. Mas, em especial, para os peregrinos e devotos da Mãe Aparecida.

O objetivo maior é que cada leitor, cada leitora possa tirar proveito do “Evento Aparecida”, do “sinal”, que é Aparecida, a que eu também chamo de “Evangelho de Aparecida”.

À página 71, Dom Orlando nos recorda que no dia 16 de maio de 1978 a imagem foi destruída em mais de 200 pedaços. Mas as mãos pequeninas, em prece, ficaram intactas, não se romperam. E aí ele nos pergunta:

“Por que será que as mãos em prece não se quebraram?! Neste seu livro ele nos apresenta, em várias páginas, não apenas uma mas algumas respostas. Cabe a nós, agora, devotos e devotas da Mãe Aparecida, responder e enviar a Dom Orlando a nossa resposta.

Este livro está e ficará sempre por perto, à mesinha de cabeceira. Fazem-me bem as orações ali contidas.

Simples, mas profundas. “Volvei, Senhora Mãe de Deus e nossa, vosso olhar, estendei vosso manto sobre cada um de nós, nossas famílias, nossa Pátria! Intercedei por nós, advogada nossa!”

Por Izabel Daud

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