Quando os músculos afetam o cérebro



Hulk, o jogador, seguiu os passos daquele que lhe deu origem, no cinema. Caprichou na musculação e aliou sua força a uma técnica apurada. E, ano passado, foi merecidamente eleito o melhor jogador do futebol brasileiro.

Só que essa conta, de suplementos vitaminicos, incorporados à sua apurada preparação física, ele começa a pagar. Esses sintomas começaram a aparecer na partida contra o Fluminense.

Os primeiros sinais são a perda da velocidade. E quando começa a chegar atrasado nas jogadas que eram suas, passa a discutir com os zagueiros que lhe tomaram à frente.

Nesse ponto começa a perder o foco diante do Nino e David Brás. E contra o Flamengo, se procurasse a bola e esquecesse o Pablo...

E com mais alguns minutos de jogo, tirando o Daronco, seu adversário na Marvel, começa a querer tomar conta da arbitragem. E chega, como capitão do time, peitando suas acuadas presas como se fosse... o Hulk!

Uma pena. Tão carente de super-heróis, vamos assistindo o nosso super-atleta deixar o Campeonato Brasileiro, em que começou verde, hábil e focado nas partidas, como um amarelado resmungão que, em 90 minutos, se limita a uma assistência.

Tudo começou quando os raios gama o atingiram quando preparavam uma bomba atômica. E tudo pode acabar quando ele deixa de marcar gols, há três partidas, e começa a desviar do seu alvo.

Que era a meta, agora é à guela!

Por José Roberto Padilha

Comentar

أحدث أقدم