Pelada reúne amigos aos domingos há mais de 30 anos

Já imaginou um encontro de amigos que dura 30 anos consecutivos? Embora a pandemia da covid-19 tenha interferido nesse período, com a parada por dois anos, este encontro acontece todos os domingos no campo do América FC, no bairro Purys.

Pessoas com idade entre 60 e 84 anos se reúnem para a popular pelada de futebol. Tem pessoas que vêm de outras cidades, como Sapucaia e Paraíba do Sul.

No final do ano, aqueles que estão mais distantes em cidades como Rio de Janeiro, Brasília, São Paulo, também participam da pelada.

Quando começou

Canhoto deu início às tradicionais peladas

Idealizado pelo saudoso Canhoto, que reunia em um dia de domingo alguns amigos para preencher o tempo da manhã. Hoje, o encontro acontece no campo do América, mas já aconteceu em outros campos de Três Rios.

O início se deu no campo do Colônia, após um período de aproximadamente 15 anos, depois passou a ser celebrado no Social Olímpico Ferroviário e no Triângulo.

Há mais de 12 anos as peladas acontecem no campo do América.

Para que se possa ter a ideia da importância deste encontro, o mesmo se inicia às 7h, porém, às 5h já tem gente em campo.

Algumas histórias são curiosas, como a de um dos participantes que é caminhoneiro, que um dia estava a 800 Km de Três Rios num sábado, dirigiu quase a noite toda, chegou em casa às 3 da manhã, mas mesmo assim não deixou de comparecer. Tirou um cochilo de 2 horas, tomou um taxi e às 6 horas já estava no campo.

Como estamos falando de futebol, muitos deles fizeram parte do cenário futebolístico trirriense. Um dos destaques é o João Bangu, de 84 anos, que joga todos os domingos.

Apesar das idades avançadas, ninguém quer perder a pelada. Mesmo que as pernas já não obedeçam a cabeça, mas não falta vontade de entrar em campo e buscar o gol.

Como em todas as peladas, após o termino do jogo tem aquela resenha, regada a churrasco e cerveja gelada. Momento em que se coloca o papo em dia e logo discute-se de tudo um pouco, mas como todo brasileiro, futebol é o assunto principal.

Alguns deles têm papel importante para o evento acontecer, como as pessoas de apoio, como o Tião, que faz o rateio para as despesas, o Baiano que fica na churrasqueira, no final de cada jogo, o Destino e o Bar da Josi.

Esta é a relação de atletas que faz, sem pretensão, a vontade de manter viva esta paixão que é o futebol.

Quem aparece por lá, tem a oportunidade de ver a lição para os mais jovens, mostrando que o esporte é muito saudável.

As histórias são muitas e algumas figuras, como o Zezé, ex-árbitro, hoje mais um componente desta seleção de amigos reforça que, como diz o ditado amigo não tem idade.

Os amigos sempre lembram com saudades dos participantes da tradicional pelada que já se foram, como o Jorge Inácio - o popular Canhoto - e o Henrique dos Correios, que esta semana deixou a seleção de amigos e foi jogar com a seleção de amigos do céu e tantos outros que são lembrados carinhosamente.

Vale relacionar os integrantes dessa timaço de campeões da vida: Mará, Lécio, Tião Vinagre, Veruguinha, Cacalo, Candinho, José dos Santos, Rogerinho, Mario Nil, Carlinho, Coutinho, Paulinho, Professor Alan, Tunico, Carlos Tadeu (Bit), Zaru, Hebinho, Caloi, Bionga, Zeca, Brizola, Miranda, Pedro Bala, Zé Maria, Mario (Contador), Joca, Samuel, Tuca, Zumbi, Jorjão, Márcio, Sérgio, Professor Elierte, Nini (Gráfica) e a presença de Tião Pezão como árbitro.

Com a colaboração de Jorge Jaborfull-width

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