Morador de Paraíba do Sul se destaca escrevendo enredos para escolas de samba do Rio e São Paulo

O carioca Diego Araújo, 33 anos, mora no bairro Bela Vista, em Paraíba do Sul, e, desde criança vive na cidade, além de ter sido aluno do Colégio Santo Antônio, em Três Rios.

Estudante da UniRio, o enredista está concluindo a graduação no bacharelado em Museologia e tem enorme paixão pelo carnaval, onde atua criando enredos desde 2011, quando estreou com vitória pela escola de samba Bom das Bocas, de Três Rios, com o enredo “No balançar dos balangandãs... A Verde e Branco é jóia rara”.

Esse ano, Diego Araújo foi autor do enredo "O Poder da Comunicação - Império, o Mensageiro das Emoções", assinado por ele e desenvolvido pelos carnavalescos Mauro Quintaes e Leandro Barboza, na escola de samba do Grupo Especial paulistano, Império de Casa Verde, que desfilou na passarela do Anhembi no último sábado (22). Ainda no carnaval paulistano, Diego reescreveu o enredo “Narciso Negro”, apresentado pela tradicional escola de samba Nenê de Vila Matilde, no Grupo de Acesso II.

Inicialmente, o enredo foi apresentado pela agremiação da Zona Leste da capital paulista em 1997, e foi reeditado esse ano.

No Rio, o enredista reescreveu o enredo reeditado pela escola de samba Em Cima da Hora, que apresentou o tema “33 - Destino Dom Pedro II”, na Série Ouro. Como fez em São Paulo, Diego fez os textos de justificativa, sinopse e setorização.

O enredo sobre o trem que sai de Japeri com destino à Central do Brasil foi apresentado em 1984, mas esse ano o profissional foi contratado para reescrever o conteúdo do tema apresentado pela agremiação que desfilou na última quarta-feira (20), na Sapucaí, no Rio.

  

Diego faz questão de lembrar de sua participação no carnaval carioca, com vitória, em 2013, quando fez o enredo da Império da Tijuca (Negra, Pérola Mulher), campeão do então Grupo de Acesso A, ao lado do carnavalesco Junior Pernambucano. No ano seguinte ele fez o enredo “BatuK”, quando a escola desfilou no Grupo Especial.

“Aliás, foi o Júnior Pernambucano queme deu a primeira oportunidade, e sou extremamente grato até hoje. Não fosse ele, eu não sei dizer se estaria aqui hoje nesse patamar de reconhecimento profissional. Quando ele me deu oportunidade, eu tinha 21 ano, e o máximo que eu tinha feito era enredo pro Carnaval Virtual”, relembra Diego.

Em Três Rios, além do Bom das Bocas, o enredista já fez enredo para o Bambas do Ritmo, inclusive o tema “Mokambo”, que seria apresentado esse ano, mas vai ficar para o carnaval de 2023.

Após a apresentação dos trabalhos, o enredista Diego Araújo recebeu a notícia de que havia recebido o Prêmio Quilombo do Samba – Arte Quilombola – Menção Honrosa, concedido por um grupo independente de pesquisa.

A segunda edição da premiação agraciou o pesquisador pelos temas apresentados esse ano nos carnavais do Rio e São Paulo, tarefa nada fácil, mas prazerosa para quem ama o trabalho que faz e é prestigiado entre renomados carnavalescos do eixo Rio-SP pelos competentes trabalhos executados.

Imagem: Reprodução / Redes Sociaisfull-width

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