Levy Gasparian fez o mesmo por aqui. Letônia, Eslovênia, Lituânia e Bielorrússia fizeram o mesmo por lá.
O expansionismo e a liberdade, o direito de ir e vir, em voga à época, incentivavam que cidadãos de cada cidade, de cada país, buscassem trilhar novos caminhos.
Areal, mesmo independente, continuou nosso parceiro. Nos negócios e nas artes. Muitos continuaram a desfilar em nossas escolas de samba.
Até que Petrópolis se aproximou perigosamente de Areal. Como os Estados Unidos se aproximou da Ucrânia.
E se os americanos gostariam de anexá-la à OTAN, em busca de expandir o capitalismo ao leste europeu, a Petrotur pretendia expandir a festa do Colono Alemão em substituição a nossa cultura do samba.
De um lado, nossas raízes de resistência, ecoada das senzalas e traduzidas em batuques , danças e coreografias.
De outro, comidas, bebidas e danças típicas daqueles que escolheram nosso país para viver longe das guerras, do nazismo e da opressão.
Se a Guerra fosse por aqui, Joa Zelensky, carnavalesco nato, prefeito de Três Rios, invadiria Areal. Para resistir, manter vivas nossas tradições. Não com tanques e soldados armados, mas com Carros Alegóricos, passistas e ritmistas.
Se a Guerra fosse por aqui, não haveria mortos nem feridos. Independente de quem ganhasse, tudo acabaria em festa. A única dúvida seria se o chope servido seria da Brahma ou da Paulare.
Moral da história: nossa nobre geopolítica, o poder exercido por um país ou uma cidade em cada território, é regido não por armas de destruição. Mas por surdos, pandeiros e tamborins que nos mantém unidos e em paz.
Graças a Deus!
Por José Roberto Padilha
إرسال تعليق