Tragédia anunciada

Imóvel da esquina da Rua da Maçonaria, alugado pelas PMTR em 2013 foi um espaço dedicado ao artesanato e cursos de artes. Hoje encontra-se fechado em deterioração

Em março deste ano de 2022, estarácompletando um ano em que foi realizada audiência convocada pelo Ministério Público na qual o Conselho Municipal de Política Cultural de Três Rios - CMPC participou e quando foi acordado que a Prefeitura Municipal de Três Rios - PMTR efetuaria o restauro do Casarão da Rua da Maçonaria.

Esse imóvel esteve alugado pela PMTR desde 2013, inicialmente como Casa do Artesanato e algum tempo depois permaneceu fechado enquanto aguardava o governo municipal efetuar obra de reparo no telhado para que novamente pudesse cumprir sua vocação como Centro Cultural, destino comum de um imóvel tombado.

A PMTR devolveu o imóvel ao proprietário em 2021, sem efetuar a obra de restauração conforme previamente acordado por contrato.

Desde então, o proprietário colocou o prédio para aluguel ou venda e este encontra-se abandonado, com capim alto no entorno, infiltrações no teto e demais problemas estruturais que estão contribuindo para a destruição desse bem do patrimônio cultural trirriense.

Em ação judicial movida pelo proprietário do imóvel no Ministério Público contra a PMTR, foi firmadotermo de compromisso onde a Prefeitura efetuaria o restauro do imóvel, conforme prazo e termo do documento lavrado pelo MP.

Apreensiva com o abandono do imóvel da Rua da Maçonaria, tombado pelo patrimônio cultural, o CMPC por meio de sua presidenta Vera Alves vem acompanhando o processo de deterioração do imóvel e aguardando providências

Sabendo do risco que representa um imóvel como esse, sem manutenção e fechado, diante das fortes chuvas que acometeram a cidade desde a primavera de 2021 e agora as chuvas de verão, o CMPC enviou ao Secretário de Cultura, com cópia para o Prefeito e Secretários de Governo e Planejamento, o oficio nº. 15/2022, de 20 de outubro de 2021 e vem aguardando resposta sobre as providencias das autoridades responsáveis pelo compromisso firmado no MP.

O Conselho solicita informação sobre os procedimentos e vem clamando que providências urgentes sejam tomadas, antes que uma tragédia venha ocorrer, pois como sabemos são as “tragédias anunciadas” fruto do descaso, um dos principais motivos de destruição do patrimônio cultural.

Os trirrienses exigem solução para proteger e preservar esse importante e único exemplar da arquitetura da região e lugar de memória e história da Cidade.

Coluna Vera Alves - Cultura Centro Sul

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