Não vi, muito menos tenho notícias, de uma prática tão cruel para que alguém seja admitido em uma empresa. Porque em uma entrevista, você tem tempo, apresenta o seu currículo, responde a perguntas com seu concorrente do lado de fora.
Diferente de tudo, os clubes de futebol assim abrem as portas para selecionar seus novos talentos: colocam um bola no meio campo, escalam um mediador com apito na boca, e 22 candidatos precisam mostrar, em um tempo mínimo, algo diferente no trato com seu principal instrumento de trabalho.
Tão desleal e desumano, no país do futebol, o que mais exporta essa notável matéria prima, que quem pega a bola não passa pra ninguém. Todos precisam de sua posse para apresentar suas ferramentas.
E uma correria insana se instala. os fazem serem extremamente individualistas em um esporte coletivo.
Nas últimas décadas, a peneira se tornou mais cruel ainda. Semelhante a uma guilhotina. Com o descaso da FERJ com o futebol do interior, a empresa perto da casa dos meus netos não disputa mais campeonatos. A Liga está fechada, não promove mais competições.
E o Entrerriense FC, como o Barra Mansa, o Teresópolis, estão fechados para balanço.
Dessa maneira, todo o talento que emerge de 92 municípios do nosso estado, são encaminhados a poucos destinos, Xerém, Ninho do Urubu, CT do Vasco, do Botafogo, onde, de tão cheios, acabam alojados em container.
Precisamos fazer algo pelo futebol do interior. Como fonte de oportunidades às novas gerações, espaço de lazer e entretenimento para a nossa população.
O que os nossos políticos estão esperando para cuidar dos nossos clubes?
Em outubro terão outra peneira em que o eleitor, certamente pai de uma promessa para o nosso futebol, acuado dentro de sala, pode transformá-la em guilhotina.
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