Jovens, “Que sejam um!” (Jo 17,21)

Celebramos em nossa cidade, no último final de semana de outubro o DNJ-Dia Nacional da Juventude que teve como lema “Que sejam um!” (Jo 17,21).

O lema é um convite permanente à unidade, para que sejamos um em Cristo para que todos os jovens creiam em Jesus Cristo e tenham vida.

A vida é um dom precioso inseparável da fé. E, nesse tempo de pandemia que estamos vivendo, os jovens são chamados a serem guardiões da vida.

No sábado, sob a coordenação do Pe Márcio, Pároco do Monte Castelo, 20 jovens de cada paróquia e jovens das várias iniciativas de evangelização da juventude (Pastoral da Juventude, Segue-me, EAC, ...) se congregaram no calçadão no centro da cidade num rico testemunho da alegria de ser jovem, seguidor de Jesus, parte de uma IGREJA EM SAÍDA.

No domingo, desdobraram o evento de sábado em momentos orantes, nas quatro paróquias, em busca de revelar o dinamismo, a criatividade, a alegria e o rosto jovem do Ressuscitado que tudo renova, também a nós!

E também, a partir desse tema reafirmar o valor inegociável da Vida, tê-la como a obra mais perfeita que Deus criou e que somos responsáveis uns pelos outros. Jovens evangelizando jovens! Unidade na pluralidade! Fé e vida!

O nosso bispo, Dom Nelson Francelino, também presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB, já havia presidido, no dia 07 de setembro, a Missa de abertura das comemorações do Dia Nacional da Juventude (DNJ) 2021, na Paróquia São Sebastião do Monte D’Ouro, em Valença (RJ), quando reforçou que a juventude não pode ser entendida como uma sala de espera, mas como o agora de Deus.

Celebrar o DNJ é retomar um caminho de protagonismo, de profecia, onde seremos sujeitos na construção do novo normal, afirmou.

O DNJ, não é, pois, apenas um evento, mas uma sequência de experiências do prazer de seguir Jesus. Daí que o subsidio de preparação do evento valorizou muito o diálogo e sua importância no cotidiano da juventude.

“A pessoa humana tem necessidade de vida social. Esta não constitui para ela algo acrescentado, mas é uma exigência de sua natureza. Mediante o intercâmbio com os outros, a reciprocidade dos serviços e o diálogo com seus irmãos, o homem desenvolve as próprias virtualidades; responde, assim, a sua vocação”. (Catecismo da Igreja Católica, artigo 1879)

Mas, como colocar o diálogo em prática?“Fazer amizade com Jesus. Aprender a conversar com o Senhor me ajuda a dialogar, e a dialogar do jeito certo com o outro.

Quando aprendo a me aproximar de Deus com o coração desarmado, aberto à novidade do Evangelho, disposto a ouvir, confiando em Deus, consciente da minha pobreza humana, mas também consciente da minha dignidade de filho amado de Deus, criado à sua imagem e semelhança, reconheço que não sou dono da verdade, dando condições ao Espírito Santo de me mostrar algo sempre novo.

Abro-me também para deixar-me corrigir nas minhas ‘auto verdades’, e reconhecer o belo que ainda não percebi da minha própria identidade, na riqueza da vida.

Nesta experiência, exercito-me na virtude para também me aproximar do outro, meu irmão, com a mesma disposição de coração. Quem não está aberto para o outro, também não está aberto para Deus.

‘Se alguém diz que ama a Deus, mas odeia o seu próprio irmão, mente; pois se não ama o irmão a quem vê, não pode amar a Deus a quem não vê’ (1 Jo 4,20)”(Cf. Subsídio DNJ 2021).

Nessa mesma perspectiva, diante da diversidade, cabe-nos desenvolver atitudes e processos para “caminhar juntos”, reconhecendo o diferente como companheiro e não ameaças.

O Papa Francisco, no capítulo sobre sinodalidade da exortação pós-sinodal “Cristo Vive” nos diz que “Seria altamente desejável recolher ainda mais as boas práticas: metodologias, linguagens, motivações que se revelaram realmente atraentes para aproximar os jovens de Cristo e da Igreja. Não importa a cor delas: se são ‘conservadoras ou progressistas’, se são ‘de direita ou de esquerda’.

O importante é recolher tudo aquilo que deu bons resultados e seja eficaz para comunicar a alegria do Evangelho” (CV 205).

Aprender com o diferente é experiência que enriquece sempre mais a própria identidade, que fortalece nossa Igreja e amplia os espaços da missão de nossos jovens de fé: testemunhar a alegria do encontro com Jesus Cristo vivo.

Este é o grande legado do DNJ de nossa cidade, com diversas expressões jovens, sinais da presença de Deus, marcando a história com a unidade pela qual os jovens são chamados!Jovens, “Que sejam um!” (Jo 17,21).

Medoro, Irmão menor-padre pecador

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