Dono da Magnífica de Faria, João Luiz, é homenageado pelo deputado estadual Eurico Júnior com a Medalha Tiradentes



Aprovado no dia 11 de novembro, na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), o projeto de resolução nº 734/2021, do deputado Eurico Júnior (PV), concede a Medalha Tiradentes e seu respectivo diploma a João Luiz Coutinho de Faria, empresário produtor da cachaça Magnífica de Faria, uma das mais tradicionais do estado.

A história do João da Magnífica é sinônimo de muita luta, profissionalismo, perseverança, talento, trabalho e sucesso.

A Medalha será entregue pelo deputado Eurico Júnior ao empresário durante o 1º Encontro Nacional de Colecionadores de Cachaça e Apreciadores, que contará com mais de 60 marcas de oito estados diferentes, e colecionadores de pinga de todo o Brasil, evento que ocorrerá paralelamente a 4ª Feira da Cachaça de Vassouras.

“É uma honra poder homenagear, na minha cidade natal, com a maior comenda da Assembleia Legislativa, a Medalha Tiradentes, esse empresário cuja trajetória se traduziu em desenvolvimento, por meio de novos empregos e renda para os moradores das cidades de Miguel Pereira, Paty do Alferes e Vassouras. A fazenda onde produz suas premiadas cachaças, visitadas por turistas do Brasil e do exterior, está localizada nos três municípios, com entrada para ambos”, comenta Eurico Júnior, complementando: “a história da Magnífica de Faria se confunde com a da Cachaça nos últimos trinta anos e está estreitamente associada à revolução pela qual passou o setor.

Desde 1994, João da Magnífica, como é conhecido, é sócio proprietário da JLF Agropecuária Ltda, produtor das premiadas cachaças exportadas para a Inglaterra e diversos países do Mercado Comum Europeu.

A marca é uma homenagem à esposa do seu fundador, que foi, por quase uma década, Magnífica Reitora de uma Universidade carioca. João foi presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Cachaça do Ministério de Agricultura Pecuária e Abastecimento, responsável pela estruturação do Programa Brasileiro de Desenvolvimento da Cachaça (PBDAC), lançado em Brasília, membro do Conselho do Instituto Brasileiro da Cachaça IBRAC, participou e coordenou o Fórum de Itaperuna, quando foi criada a Associação dos Produtores e Amigos da Cachaça do Estado do Rio de Janeiro (Apacerj), sendo eleito seu primeiro presidente. Por mérito, João recebeu dezenas de homenagens ao longo de sua trajetória empresarial.

“Já era hora de o nosso país dar à esta bebida 100% nacional o cuidado, o valor e o destaque que ela merece. A Magnífica e seu idealizador têm lutado muito para alcançar esse objetivo”, avaliou Eurico Júnior.

Uma trajetória de sucesso


João Luiz Coutinho de Faria é casado com Maria do Carmo Bettencourt de Faria desde 1964, pai de 4 filhos: Raul, Ana Luiza, Ana Tereza e Ana Elizabeth e avô de sete netos, formando uma linda família.

Desde 1994 é empresário, sócio proprietário da JLF Agropecuária Ltda, produtor da Cachaça MAGNÍFICA de Faria, exportador de cachaça para a Inglaterra e diversos países do Mercado Comum Europeu.

Em 2006 foi Membro do Conselho do Instituto Brasileiro da Cachaça (IBRAC). De 2006 a 2009, foi Presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Cachaça- Ministério de Agricultura Pecuária e Abastecimento.

Nos anos 1996/97 foi responsável pela estruturação do Programa Brasileiro de Desenvolvimento da Cachaça (PBDAC), lançado no CNI, em Brasília, em dezembro de 1997.

Já no ano de 1998, participou e coordenou o FÓRUM DE ITAPERUNA, quando foi criada a Associação dos Produtores e Amigos da Cachaça do Estado do Rio de Janeiro (APACERJ), sendo eleito seu primeiro presidente.

De 1997 a 2006, atuou como membro do Comitê Gestor do PBDAC. João Faria recebeu, durante toda sua trajetória de sucesso, diversas e merecidas homenagens e os produtos da Magnífica receberam dezenas de premiações.


  


Magnífica de Faria, Cachaça do Brasil

A cachaça Magnífica é produzida pela JLF Agropecuária Ltda. na Fazenda do Anil, que foi adquirida em 1985. Eram 90 alqueires de terra nua, sem qualquer benfeitoria, onde só se chegava a cavalo.

A Fazenda está situada no território de três municípios: Vassouras, Paty do Alferes e Miguel Pereira, com acesso por todos eles.

A região montanhosa, de clima ameno, com altitudes que variam de 700m a 850m (na região da Fazenda) e a pouco mais de 115km do Rio, tem se transformado rapidamente em importante polo turístico, graças a iniciativas e apoio das Prefeituras dos três Municípios.

Na Fazenda do Anil se concentram, hoje, todas as etapas de produção da Cachaça: cultivo dos canaviais, engenho, alambique, armazenamento, envelhecimento e engarrafamento.

O objetivo da empresa é a produção de cachaça em alambique, de alta qualidade, capaz de competir com os melhores destilados.

Seu alambique de três corpos, capaz de conferir uma qualidade ímpar ao destilado, é um do únicos ainda em funcionamento no Brasil.

A fazenda é regularmente visitada por grupos de turistas do Brasil e do exterior, interessados em conhecer mais sobre a produção da cachaça.

Dentre essas visitas destacam-se as visitas guiadas de estudantes de MBA de Universidades americanas que se repetiram por vários anos, os grupos de estudantes de Biotecnologia de Alimentos e de Nutrição da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e os grupos de profissionais da cadeia inglesa Las Iguanas premiados por seu trabalho na divulgação da cachaça e na elaboração de drinques com a MAGNÍFICA.

Todos esses grupos são recepcionados com uma apresentação da cachaça, seu processo produtivo, suas características principais seguida de uma degustação.

A marca Magnífica de Faria depois de um longo processo, foi finalmente registrada junto ao INPI, em 31/10/2000.

O nome escolhido faz alusão à esposa de João Luiz, que foi por oito anos a “Magnífica Reitora” de uma Universidade carioca.

Seu produtor, João Luiz Coutinho de Faria, esteve desde o início envolvido ativamente com o processo de valorização da cachaça, aprimoramento de sua qualidade e organização do setor.

Até 1996, esse segmento não tinha qualquer articulação ou unidade, exceção feita a Minas Gerais que, já àquela altura tinha formado a Associação Mineira de Aguardente de Qualidade (AMPAC).

Os produtores de cachaça industrial ou de alambique trabalhavam isoladamente, sem políticas de apoio, defesa ou aprimoramento da bebida nacional por parte do poder público.

Grande parte dos produtores de cachaça de alambique, sem contar com qualquer incentivo, permanecia na clandestinidade, com venda do produto a granel, sem o devido controle de qualidade.

A partir de sua participação em 1996, na Missão de Negócios organizada pelo Sindicato de Bebidas do Ceará, que visitou na Inglaterra a indústria do Whisky, João Luiz firmou sua convicção sobre o potencial da Cachaça.

Por sua experiência de vários anos trabalhando na Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), da qual foi presidente, João Luiz tinha perfeita consciência da importância de políticas públicas bem formuladas para alavancar determinado setor produtivo.

A partir de então, em conjunto com o SEBRAE, o Ministério da Agricultura, o Sindicato de Bebidas do Ceará, a Associação Brasileira de Bebidas, ABRABE e CNI, colaborou intensamente na formulação e criação do Programa Brasileiro de Desenvolvimento da Cachaça, lançado em 1997, em Brasília, com a presença de produtores de cachaça de todo o Brasil, diversos Ministros de Estado e do Presidente da República em exercício, Marco Maciel.

Através desse programa, o setor produtivo demandava do setor público políticas e incentivos para o desenvolvimento de sua bebida nacional à semelhança do que fazem os demais países. Tal Programa, posteriormente, deu origem ao Instituto Brasileiro da Cachaça (IBRAC), em 2006.

João Luiz, em conjunto com o Ministério de Agricultura e outros órgãos, foi também um dos organizadores do Fórum de Itaperuna, de 1998, que uniu produtores e profissionais ligados ao setor, representando mais de sessenta cidades do Estado.

Surgiu, daí, a Associação dos Produtores e Amigos da Cachaça do Estado do Rio de Janeiro (APACERJ) da qual foi o primeiro Presidente. Foi ainda o primeiro Presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Cachaça, criada pelo Ministério da Agricultura, em 2006.

A partir daí, teve início uma nova etapa para a Cachaça, cujos resultados são hoje amplamente percebidos.

Nos 21 anos da marca Magnífica, diversos prêmios nacionais e internacionais foram acumulados e hoje, países da Comunidade Europeia e do Reino Unido importam a Magnífica.

Assim como o futebol, o café, o samba e o sol, a Cachaça é uma marca brasileira que nasceu junto com o país.

Desde os séculos XII e XIII, a Europa conhecia a arte da destilação levada pelos árabes, que revelaram aos europeus os poderes do 'Al anbic', capaz de produzir um fenômeno extraordinário que intrigava os alquimistas: transformar o vinho numa 'água' que pega fogo, água que arde, aguardente.

Portugal produzia então a Bagaceira, a partir da destilação do que sobrava da produção do vinho.

Com a produção do açúcar – chamada então de ‘ouro branco’, na colônia recém descoberta, alguém, inspirado pelos deuses caboclos, resolveu testar o mesmo processo usando o caldo fermentado da cana de açúcar. Estava inventada a Cachaça, a 'aguardente da terra' que competia com a 'aguardente do Reino'.

A concorrência entre as duas bebidas provocou forte taxação da primeira, provocando a revolta dos produtores da região de São Gonçalo e resultou na queda do governo da província. Foi a ‘Revolta da Cachaça’, lembrada no dia 13 de setembro, o Dia Nacional da Cachaça.

Com ela, o Brasil estabelece uma intensa relação afetiva – prova disto são os mais de 1500 apelidos que se espalham pelo país e o sem número de poesias, sambas e canções inspiradas pela 'branquinha'.

  
Divulgação Assessoria Parlamentar
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