
Trabalho ao lado, no Palácio Guanabara, Secretaria de Estado e Desenvolvimento. Quem diria, o primeiro e, quem sabe, o ultimo emprego, divididos apenas por um muro.
Do outro lado, Fluminense Futebol Clube, atleta desde os 16 anos. Uma paixão arquibancada, que levei pro campo e para os vestiários. Mesmo com dores no tornozelo, sempre é bom estar envolvido em meio às suas três cores.
Hoje, vim ao meu clube de coração cuidar do que restou dele, tornozelo. Taça Guanabara 74, fratura exposta no maléolo esquerdo contra a Portuguesa. Titular ao lado de Cléber, Pintinho e Gerson, ficaria de fora da final, contra o América.
Perdemos por um 1x0 e o Parreira, em sua primeira experiência como treinador, tratou de se explicar: "Perdemos porque perdi o Zé Roberto!".
Foi bom para a carreira. Mas doeu muito.
47 anos depois veio a conta, em forma de artrose. Mal consigo andar. Depois de ser atendido pelo Dr. Léo, vim para o restaurante do clube. Lotado de torcedores. E vestidos com nossa camisa.
Circulei à procura de uma mesa, ainda mancando, será, segundo ele, próxima a cirurgia. E nenhuma alma levantou de sua memória para nos agradecer por um dia ter lutado tanto em campo por eles. Ou pelo time de coração dos seus pais.
Ter entrado em uma dividida para não dividir um lar, com paixões à flor da pele, filhos nada com isso.
Entrei desconhecido, saí despercebido.
Somos nuvens passageiras. Atores de algumas peças com temporadas de validade previstas. O Fluminense fica. Nós, ex-jogadores, passamos.
É a vida. Mas que dói...
Do outro lado, Fluminense Futebol Clube, atleta desde os 16 anos. Uma paixão arquibancada, que levei pro campo e para os vestiários. Mesmo com dores no tornozelo, sempre é bom estar envolvido em meio às suas três cores.
Hoje, vim ao meu clube de coração cuidar do que restou dele, tornozelo. Taça Guanabara 74, fratura exposta no maléolo esquerdo contra a Portuguesa. Titular ao lado de Cléber, Pintinho e Gerson, ficaria de fora da final, contra o América.
Perdemos por um 1x0 e o Parreira, em sua primeira experiência como treinador, tratou de se explicar: "Perdemos porque perdi o Zé Roberto!".
Foi bom para a carreira. Mas doeu muito.
47 anos depois veio a conta, em forma de artrose. Mal consigo andar. Depois de ser atendido pelo Dr. Léo, vim para o restaurante do clube. Lotado de torcedores. E vestidos com nossa camisa.
Circulei à procura de uma mesa, ainda mancando, será, segundo ele, próxima a cirurgia. E nenhuma alma levantou de sua memória para nos agradecer por um dia ter lutado tanto em campo por eles. Ou pelo time de coração dos seus pais.
Ter entrado em uma dividida para não dividir um lar, com paixões à flor da pele, filhos nada com isso.
Entrei desconhecido, saí despercebido.
Somos nuvens passageiras. Atores de algumas peças com temporadas de validade previstas. O Fluminense fica. Nós, ex-jogadores, passamos.
É a vida. Mas que dói...
Por José Roberto Padilha
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