Caminhos para a Paz – Parte VII


A mente humana por si só é um grande universo em constante expansão, neste imensurável contexto residem inúmeros emaranhados que abrigam verdadeiros turbilhões que desaguam em pássaros e dragões.

Avistamos a superfície do oceano, podemos buscar desbravar as profundezas, mas o fato é que o inexplorado pulsa sem que sequer possamos perceber na maior parte do tempo.

Não é que sejamos plenamente marionetes de nós mesmos, mas é que o inconsciente e os modos automáticos exercem grande influência na natureza humana em boa parte do tempo, sendo assim nos resta buscar mecanismos para que possamos viver mais atentos e compreender um pouco mais e melhor a nossa existência.

Costumo dizer que não existem fórmulas mágicas para responder a determinados questionamentos, que “tudo é muito, tudo é mundo”. Talvez as melhores perguntas sejam tão importantes quanto as melhores respostas, pois são capazes de abrir inúmeras portas e janelas.

Uma das maiores façanhas da nossa espécie é conseguir se comunicar com o mundo que nos cerca e em especial com os nossos eus.

A mente humana é uma navalha afiada que abriga o real que deságua no mundo físico, no mundo das ações, que abriga as memórias, histórias e a imaginação.

Nesses cenários existem determinados portais que interagem como sinapses transmissoras de informações que podem findar em ações externas ou não.

Vale lembrar que no mundo dos pensamentos o simples ato de pensar já representa existências, daí a importância de observar as lentes que escolhemos usar em nossas vidas, daí a importância de prestar atenção na terra que escolhemos cultivar, no que escolhemos plantar, como escolhemos plantar, como escolhemos cuidar das sementes e das mudas que plantamos e o que iremos fazer com os frutos, frutos de nossos frutos.

No fim das contas, exceto em situações muito atípicas, sempre seremos responsáveis por nossas escolhas, por nossas ações e omissões, vale ressaltar que fazer nada é fazer algo, que a indiferença representa.

O “tanto faz” dificilmente se desfaz. Somos responsáveis por nossos pássaros e dragões, se iremos voar pesados e em chamas ou mais leves diante da vida que emerge a cada instante. Cabe a nós escolher o livros que deixares nas estantes.

Não existem guerras e batalhas sem cursos e recursos, se faz necessária a busca por equilíbrio para que possamos atravessar os oceanos em chamas do dia a dia e para que possamos compreender que mais importante do que ver é conseguir enxergar.

Buscar conhecer melhor o mundo de si mesmo e o universo que cerca finda em flecha que reverbera e acerta.

“Apenas o homem pode tornar-se o canibal de si mesmo”. Qualquer árvore foi semente um dia. Toda pessoa já foi um bebê que precisou de ajuda. Ninguém faz nada sozinho. Se você pensa desse modo; “semente”.

Diante dos paraísos e dos abismos compensa lembrar que “o altruísmo navega contra as marés dos falsos paraísos” e que apenas o amor e a paz certos nós desfaz.

Nos perdemos e nos encontramos entre os altos e baixos, mas podemos perceber que existem caminhos, não atalhos. Se viver é costurar um texto costure bem a sua história.

No próximo artigo daremos seguimento ao assunto. Até lá!...

Seja forte e corajoso. Não se apavore nem desanime.
 
Por Jhean Garcia

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