
Era o meu primeiro prêmio literário dos dois que conquistei. O segundo foi no coração de vocês que me prestigiam.
O Sindicato dos Treinadores Profissionais do Estado do Rio de Janeiro, em cerimônia chique no Shopping Downtown, na Barra da Tijuca, divulgou, através do Jornal dos Sports, a relação dos vencedores daquele ano: melhor treinador, jogador, árbitro, dirigente, clube e obra literária.
O nosso segundo livro, "À beira de um gramado de nervos", que conta nossa experiência de oito anos como treinador, estava entre os vencedores.
Comprei um blazer casual, porque gente pequena de terno fica parecendo um pinguim. Exceto quando casam, obtém licença para acasalar após a cerimônia e ficam cheio de graça.
Ao lado de Arnaldo César Coelho, Carlos Alberto Parreira e Mario Jorge Lobo Zagalo posei todo feliz antes de ser convocado a receber a premiação.
Quando fui chamado e antes de ser anunciado, o mestre de cerimônias confidenciou aos nossos ouvidos: Parabéns!
E poderia ter ficado por aí.
Daí emendou: não fica chateado, não. Mas você concorreu sozinho.
Nem sei se fiquei irritado, por concorrer com ninguém, ou feliz por ser um dos poucos treinadores que dividem sua experiência com todo o mundo.
Na volta, perguntava ao meu filho, Bruno, outra testemunha ocular desse história.
Precisava?
Por José Roberto Padilha
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