
Simples assim. Imprevisível assim. Talvez por isso ele, futebol, seja tão fascinante.
Nada nele é impossível de acontecer. Pode até o escalte do PVC apresentar, antes da partida, todo o retrospecto de confrontos anteriores, e nele constar que nunca na história do Maracanã o Inter goleou o Flamengo e...vocês sabem o que aconteceu.
O futebol é um esporte que veio para contrariar previsões, palpites e estatísticas.
E ainda há comentaristas que arriscam alguns. Sabem que estão perdendo o tempo deles e o nosso e que serão desmentidos noventa minutos depois pela cigana que não soube ler o seu destino.
Em Recife, jogando em seus domínios e líder absoluto da Série B, o Náutico recebeu o lanterna da competição, o Confiança. E perdeu também de 4x0. Imagino o que disse antes da partida o PVC pernambucano...
No basquete americano, ninguém vence o Dream Team masculino e as mulheres não perdem há três olimpíadas. São os melhores e se impõe aos seus adversários.
Mas suas cestas não tem goleiros. E quando fazem falta, o adversário não tem direito a colocar barreiras à sua frente. Pelo contrário, ficam ainda mais próximos da tabela para marcar os pontos.
A expressão Zebra, no futebol, veio da genialidade de Gentil Cardoso, então técnico da Portuguesa carioca, que ao vencer o Vasco com um time infinitamente inferior, disse ter dado o improvável.
Agora, diante de tantas lições, surpresas e frustrações, pense no próximo adversário do seu time. Não jogue sua responsabilidade diante do resultado. Por melhor que seja, jogando em casa, não dá para pegar a bola com as mãos e depositá-la nas redes.
Pois se o mando seu é de campo apenas, as regras, em qualquer lugar, serão iguais dentro ou fora de casa. Todos os jogos começam 0x0, a marcação do Barcelona, de Guaiaquil, poderá ser implacável, o goleiro deles pegar tudo como aquele da LDU e ...
Para nós, tricolores, que perdemos, ontem, para uma equipe da zona de rebaixamento, melhor ter tanta fé quanto cautela. E até quinta tomar um caldo de galinha.
Pouco adiantará tirar o Roger Machado, contratar o Guardiola, enquanto o a Zebra tiver o direito de rondar um esporte capaz de premiá-la mesmo estando fora da cartela.
Por José Roberto Padilha
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