Viver e Envelhecer – Parte XII


A tendenciosa economia de energia converge com o mundo globalizado que constantemente procura por respostas prontas.

Em meio a todo o turbilhão de informações e desinformações que permeiam a humanidade, a todo o mundo transformado pela espécie humana, nos deparamos por vezes com o mar das raízes reflexivas. Surgem então verdadeiros universos de questionamentos metafísicos que habitam o imaginário.

O que é a vida? Qual é o sentido da vida? Quem somos diante do imensurável universo? Para que tantos paradoxos? Quais são as incontáveis bases do cosmo? O que é e para que serve a natureza? Qual é o nosso papel na natureza? Existe sabedoria capaz de combater a ignorância no cenário antrópico? Será este demasiado caótico? Quais são os alicerces da alienação? A terra nos pertence ou pertencemos a terra? Existe busca real por sustentabilidade? O que ela representa? Construímos nossas próprias grades? O que alimenta a sede de poder, domínio, posse e conquista? Por que existe tanta ganância e intolerância? O que é necessário e o que é necessidade de status?O que dá liga às matrizes subatômicas do pensar? Por que somos? Para onde iremos? Quais os motivos da nossa existência? Seríamos apenas uma série de coincidências? Somos apenas poeiras das estrelas? Somos apenas uma série de reações químicas? Qual será o destino da humanidade? Seremos futuros viajantes do tempo relativo? Quais são os limites do mundo perceptível? Se estamos perdidos, existe salvação? Como obtê-la? Qualé o melhor caminho? O que é a verdade? Por que nascemos? Por que envelhecemos? Porque padecemos? A morte é o fim ou uma oportunidade de recomeço? Seria ela uma continuidade?

O receio e o mal-estar existencial estão presentes em inúmeras pessoas. O mundo sofre com tais questões, algo que representa uma imensa ausência própria, que o leva em muitas ocasiões a criar cenários aparentemente mais reconfortantes e aceitáveis.

É importante reconhecer que mais importante que as melhores respostas é saber fazer as melhores perguntas. Que o universo possui os seus mistérios e que não existem respostas para tudo. Que tudo é muito. Que tudo é mundo.

Saber questionar é válido e compensa, mas é viável compreender os pesos da balança existencial, é viável compreender o nosso potencial e as nossas limitações, a diferença de voar entre pássaros e dragões, entre ver e enxergar, entre buscar e se intoxicar.Pensamentos são sementes que emergem da e em nossa existência.

Refletir é uma maravilha da espécie humana, mas esquecer de viver a nossa existência para perder-se no mundo dos pensamentos pode ser um passo para a ignorância. O mundo dos pensamentos e dos questionamentos não precisa caminhar fora de sintonia com o mundo perceptível a olho nu.

A racionalidade é válida até o ponto em que entregar-se a isso acaba por construir um grande abismo. Não é incomum perder-se em seus próprios castelos. Perder-se não significa perder a oportunidade de transcender.

Tropeçar não é uma sentença maior que permanecer no chão. Deixar de sonhar é cortar a própria asa e lançá-la ao leão. Vale lembrar que uma ave precisa de mais de uma asa para poder voar.
Vale ressaltar que, o que é a vida é algo muito metafísico e variável, mas o que se é na vida é mais palpável.

A vida é uma grande construção, que depende muito dos frutos da imaginação. Para viver e envelhecer de forma mais consciente e saudável, se faz necessário saber o que se quer ser. Para onde se deseja ir.
Para crescer é preciso expandir de dentro para fora e de fora para dentro.

É necessário encerrar ciclos e abrir portas. Cabe a nós abrir os portões e fechar as comportas, mesmo que apresentem certas rachaduras. A sabedoria nos ensina que, abrir as asas do coração e sair do chão sem perder-se da razão, é não caminhar na contramão.

Saber e não utilizar é deixar passar.

Seja forte e corajoso. Não se apavore nem desanime.

Por Jhean Garcia

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